“Digitalizando” a memória da humanidade

Março 4, 2020 | Uncategorized

É certo que vivemos num mundo cada vez mais digital. Contudo, os documentos em suporte físico continuam a existir, sendo em muitos casos fontes preciosas de informação. Por vezes, estes são os únicos elementos que nos permitem obter conhecimento sobre o passado.

Temos como exemplo registos sobre a origem da linguística, descrições de civilizações ancestrais, mapas, registos de evolução de espécies, tratados de filosofia, entre muitos outros. É seguro dizer que a maioria do espólio da humanidade chegou até nós através de suportes físicos – como papiros, pergaminhos ou até gravações em madeira.

Aquilo que normalmente não nos ocorre é que estes suportes físicos irão impreterivelmente desintegrar-se com o passar do tempo, já que estes são vulneráveis aos elementos naturais, como humidade, inundações, insetos ou até à simples degradação do material. Como podemos então impedir que estes fragmentos de cultura valiosíssima se percam para sempre no tempo?

A resposta está na transformação destes suportes físicos em suportes digitais. Este é um processo de extrema importância que está neste momento a ser realizado por milhares de arquivos, bibliotecas e museus em torno do mundo. Não obstante, a digitalização de documentos históricos e sua posterior integração num arquivo digital é uma tarefa demorada e que exige extrema atenção ao detalhe.

Esta tarefa só é possível graças a um conjunto de dispositivos tecnologicamente avançados, a que chamamos de scanners planetários ou scanners de grandes formatos. Estes dispositivos, comercializados pela Beltrão Coelho, em parceria com o fabricante alemão SMA, são equipados com CCD’s de alta resolução e permitem a digitalização de documentos de grandes dimensões (até 2 x A0).  Sendo que os documentos a digitalizar são por vezes extremamente frágeis (e muitas vezes milenares), estes scanners estão preparados para assegurar preservação integral dos mesmos.

Nestes casos de documentação bastante perecível, são utilizados os Scanners Planetários de Mesa. Estes dispositivos preservam em absoluto a documentação milenar, uma vez que nunca tocam nos documentos; nestas situações mais sensíveis, o operador trabalha com pinças e luvas de algodão puro.

No caso de documentação em bom estado de conservação, podem ser utilizados os Scanners Robóticos para livros. Estes permitem o suporte dos mesmos num ângulo inferior a 180º graus, evitando colocar pressão sobre a lombada, possuindo braços robóticos que passam as folhas e que automatizam totalmente o processo de digitalização.

O documento digital resultante deste processo tem inúmeras vantagens, para além da mais óbvia, a preservação. Uma delas é a possibilidade de integração num arquivo digital com mecanismo de procura avançado, permitindo que o documento esteja acessível em segundos.

Para além disso, o facto da digitalização ser de elevada resolução, possibilita o estudo mais pormenorizado do elemento, já que é possível recorrer a ampliação e estudo da imagem sem manusear o objeto original.

Podemos também referir que a digitalização permite uma maior disseminação da informação, já que esta pode ser enviada virtualmente para qualquer lugar do mundo, o que seria impossível com um suporte físico. Em última instância, a digitalização poderá contribuir para uma maior democratização da cultura, já que mais pessoas poderão aceder ao objeto digitalizado (podendo inclusive, fazê-lo em simultâneo).

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