O “Areias”, a “Brisa” e a “Maresia” são robôs com ‘bata’ e muitos quilómetros acumulados nas suas rodas. Foram desenvolvido para, além de orientar os utentes que se perdem no hospital e transportar medicamentos, demonstrar empatia com as pessoas que encontra pelo caminho. Durante uma breve viagem de elevador, costumam dizer: “é um prazer fazer esta viagem consigo”. Em corredores mais estreitos, avisam: “por favor, tenha cuidado comigo”. Pedem passagem educadamente, indicam quando vão virar à direita ou à esquerda e até piscam o “olho” ocasionalmente. Quando alguém se aproxima, os robôs param, dão prioridade. Chamam elevadores via bluetooth, e ainda cantam os parabéns em ocasiões especiais.
Os novos robôs “SwiftBot” têm como principais funções o modo guia, para o encaminhamento dos utentes, e o modo de entrega de mercadorias.
Numa primeira fase, dois dos robôs permaneceram na Portaria Principal e tiveram como principal função o encaminhamento de utentes para a Imagiologia, Consulta Externa de Pediatria, Hospital de Dia de Diabetes, Serviços Farmacêuticos, Nutrição e Dietética, Serviço de Medicina Física e Reabilitação, Serviço de Urgência e Internamentos. O terceiro robô esteve no seu ponto de carregamento, perto dos Serviços Farmacêuticos, para auxiliar no transporte de medicamentos.
Não obstante a sua localização, os três robôs estão programados para ambas as tarefas e estão dotados de compartimentos de entrega totalmente fechados e com ativação das portas por código pessoal, garantindo assim a segurança, higiene e privacidade.
O seu algoritmo de análise de ambiente em tempo real fornece a capacidade aos robôs de se manobrarem em espaços altamente complexos e dinâmicos, moverem-se para trás e para fora do caminho, se necessário, detetar pessoas nas proximidades e permitir que elas passem antes de prosseguirem a sua tarefa. Combinado com a funcionalidade que conecta o SwiftBot “Areias” a outros dispositivos e infraestruturas, os robôs utilizam elevadores por conta própria. Contemplam também um botão de alarme para poderem ser parados sempre que se justifique (…).
O projeto Roboplus é cofinanciado a 85% pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, COMPETE 2020, do Fundo Social Europeu e visa modernizar e melhorar a experiência do/a Utente no HDFF, EPE e adaptar o Hospital com meios que auxiliem na prestação de cuidados (direta e indireta). Esta premissa constitui, de resto, uma preocupação da administração do Hospital.
Esta aquisição representa um passo notável para o futuro dos sistemas de entrega robótica e encaminhamento de utentes.